terça-feira, 16 de junho de 2015

CUMPLICIDADE CRIMINOSA

             Absurdo! 
        Nenhuma palavra do nosso governo contra a ditadura da Venezuela! nossos parlamentares estão impedidos  de entrar nesse país onde estão encarcerados inúmeros indivíduos pelo que lá consideram como crime de opinião. Prática tirana e obsoleta!

           Onde está a nossa Comissão de Direitos Humanos que não se manifesta contrariamente a essa barbaridade?! onde se esconderam nossos ditos intelectuais de esquerda que sofreram perseguições desumanas semelhantes no período da ditadura militar de nosso país, muitos deles tendo sido então submetidos a práticas de torturas abjetas pelo mesmo motivo torpe da criminalização de pensamento? sem citar os que pagaram com as próprias vidas pela luta contra um governo opressor, pela luta por um direito tão básico quanto o da liberdade de expressão.
           
         Hoje, nenhuma palavra de repúdio ao governo da mesma forma brutal e desrespeitoso como o da Venezuela?!
        
       Esse silêncio fere de morte a dignidade da memória dos brasileiros que resistiram à época cinzenta e sombria de uma ditadura sangrenta instalada em nosso país!  é uma afronta aos valores da vida!... esse silêncio é uma crassa ignomínia e uma usurpação do direito mais elementar do estado de vida de todo ser humano: o direito ao livre pensar!   
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            Me envergonho da atitude de desprezo aos valores humanos adotada pelos governantes de meu país!!!

No momento, eu me ufano do STF do meu país!

      Histórica a sessão em que foi derrubada no STF, por unanimidade, a tese da  biografia autorizada, passando então a ter vigência o estado de livre expressão no país. 
           O impedimento à circulação de publicações, o cerceamento do conteúdo que venha a ser  criado por escritores nada mais é do que uma vigilância autoritária, nada mais significa do que a aplicação de uma armadura à livre formação das idéias, ou de uma mordaça ao impulso soberano do direito à liberdade de pensamento. 
          Já existe em nossa legislação a devida alternativa para aquele que se sinta ultrajado, para quem se julgar atingido por outrem em sua honra, ou que considere que sua imagem foi maldosamente desrespeitada. Que venha, então, a processar o pretenso difamador. 
         Mas que, a título de argumentos falsamente dignificantes, não se tente aplicar a prática opressora de impedir a realização do trabalho criativo com seu inerente direito à liberdade de expressão.
Censura não!!!
      As palavras da MD Ministra Cármem Lúcia, relatora da presente matéria no STF, veio sintetizar, de forma tão bela e contundente, o verdadeiro estado de expressão que deverá sempre prevalecer em nosso país: ¨Cala a boca já morreu!¨    

domingo, 10 de maio de 2015

NUM DIA DE MÃE

               As mães conseguimos proezas inimagináveis! 

          Somos capazes de construir alegrias, irradiar esperanças, elaborar crenças e manter seguro o estado de um ninho tranquilo apenas para recebermos de um filho a beleza da fisionomia feliz. 

           Ainda que nos supondo tão frágeis, tornamo-nos guerreiras insuperáveis, ainda que entristecidas, irradiamos o brilho de um sorriso profundo, ainda que desesperançadas e descrentes, somos capazes de transmitir fortalezas e credulidade apenas com o fito de refletir para um filho o êxtase de um universo humano onde vale a pena viver! ainda que nos considerando saber tão pouco, conseguimos mostrar os rumos da sabedoria, mesmo sem saber dizer de onde retiramos o dom de alcançá-la. 

           Nada nos torna mais felizes do que ver a expressão feliz estampada no rosto de um filho! e por isso, eis que conseguimos tocar na ponta da felicidade e deter a regalia de alcançar a forma mais perfeita de amar: que é dar o que não se tem!

domingo, 8 de março de 2015

DIA INTERNACIONAL DA MULHER ?

                  Flores, abraços, parabéns, homenagens alegres aos atributos femininos...
O governo, no entanto, em cadeia de televisão divulga discurso frio de análise farsesca da crítica situação do país, como se nada sério estivesse a acontecer, como se erros não tivessem ocorrido, fazendo da mentira cínica um método de convencimento para o sentimento de euforia inconsistente que vinha em outros tempos tomando conta de parte da população do país.

A pedir paciência a todos, incita reações indignadas na maioria dos que a ouvem, quer pela forma rasteira com que se sentem levados nesse pronunciamento oficial tão afastado da realidade mundana, quer pela percepção explícita de estarem sendo manipulados, como marionetes obedientes, pelo representante  máximo do país a dizer invencionices com muita sem-cerimônia, como se estivesse a se dirigir a uma platéia alienada,  isenta de capacidade de discernimento, sem saber exercer o mais rudimentar exercício da prática do lúcido julgamento.

Melhor teria sido um humilde pronunciamento de mea culpa, com um pedido de desculpas àqueles que antes acreditaram,  para logo em seguida sentirem o desaparecimento do próprio chão.

Teria sido melhor denominar como o DIA INTERNACIONAL DA MENTIRA, DA TRISTEZA, DA FRUSTRAÇÃO um momento em que se derrubam o veu da credibilidade e que se permitem demonstrar patente o desrespeito canalha com que se dirigem aos cidadãos comuns do país.

Quando é o DIA INTERNACIONAL DO HOMEM?

terça-feira, 8 de julho de 2014

FOMOS COMER CHUCRUTE MAS ENGOLIRAM NOSSO FUBÁ

                
                 Vias desertas, silêncio nas ruas, crianças chorando, transeuntes cabisbaixos...
                 O que poderia expressar a mera circunstância de uma derrota em jogo, previsível ou imaginável, na verdade veio a representar o protótipo de um impacto doloroso, de uma sensação de queda vertiginosa, como que provinda de um safanão de realidade que poderia não ter acontecido para não machucar tão cruelmente o que significara, ainda que por pouco tempo, para um povo sofrido, um irreprimível desejo de felicidade.

                 A superioridade inequívoca do time adversário em campo que hoje enfrentamos, a ser apenas uma contingência do jogo, deixaria nos brasileiros a sensação de sermos também nós mesmos uma parte desse teor forte, dessa bela arte bailada nos estádios, dessa pujança admirável, ao invés de  trazer aos nossos olhos a revelação doída do tamanho da idéia farsesca criada para inebriar nossas mentes com um ufanismo sem suporte, mas que se vinha construindo há tanto tempo, com nossa própria anuência, sedentos de crença e de sentir orgulho de nosso país, como nos temos encontrado ao longo de tantos anos.

                 Órfãos de um tratamento institucional respeitoso e reféns da fala cínica manipuladora, sentimo-nos por demais vulneráveis a tal sorte de destino desafortunado.

                 O fato é que não merecíamos o espetáculo tão pequeno que testemunhamos no arremedo de jogo que realizamos hoje contra a Alemanha, nesse momento de Copa Mundial acontecendo em nossa própria casa. O que poderia estar-se mantendo como alegria e orgulho de nação, acabou de virar emoção nocauteada. 

                 O placar de 7 x 1 fala por si só. E sob essa batuta, uma pelada de bairro já soaria suficientemente anedótico, para permanecer apenas na denominação de cunho menos indelicado.

                 Nossos jogadores, quase que com a sanha dos heróis de guerra, entre perplexidade e desnorteio e tentando manter no semblante o disfarce da humilhação, faziam persistir em campo o clima da intenção anfitriã de uma esperada dignidade. 

                  Entretanto, no seu conjunto, prevaleceu a lembrança de um futebol pífio vexaminoso,  mais afeito à parolice de se irradiar poderoso do que à maneira naturalmente simples de quem conhece o verdadeiro alcance da grandiosidade.

                 Culpados? se permitido em algum momento apontar, não são eles os nossos jogadores guerreiros. Esses têm meu aplauso. Em verdade, indivíduos lutadores mais vítimas do que protagonistas de interesses torpes financeiros e outros que tais, meticulosamente engendrados e com objetivos não muito claros sabe-se lá até onde capazes de alcançar.
                 
                 Quanto a mim, apesar de tudo, entre momentos de quase tristeza e teimosa perseverança, digo que  me ufano do meu país.
                 Eu sou brasileira, com muito orgulho, com muito amor.
                 E afirmo que não desisto...
     

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

NOS EMBALOS DE ASTOR PIAZZOLLA

                             Ao cair da tarde de um domingo insidioso nublado, cenário talvez propício para momentos condizentes com ares de melancolia, vê-se numa esquina a animação de um grupo musical com sua arte na rua, jovens argentinos talentosos tocando com graça os compassos de um tango, numa vivacidade contagiante, em instante virtuose,  assim presenteando a nós, os passantes, com a alegria e o conforto de uma deliciosa música. Sempre a música!