domingo, 6 de maio de 2012

ESTAVAM ERRADOS OS PROFETAS DO CAOS!

Estavam errados os profetas do caos!
          O cientista britânico James Lovelock diz que errou ao prever que bilhões morreriam por causa do aquecimento. Notícia do jornal A Folha informa que o cientista britânico admite que exagerou no catastrofismo ao constatar que o comportamento do clima da Terra desde o ano 2000 contrariou suas previsões mais pessimistas. Quer dizer, a temperatura global não revelou qualquer aumento nos últimos 12 anos!
Ora, e precisamente ao longo desses anos, discursos como o de Lovelock - guru dos ambientalistas - tem instigado os argumentos mais radicais de que qualquer desmatamento de nossas terras haverá de acelerar esse ambiente de destruição total do planeta. Cuja idéia central não se confirma nesse momento, considerando-se os resultados de estudos anunciados pelo próprio Lovelock. ¨Esqueçam o que escrevi¨, ele afirma candidamente. Portanto, os números não confirmam a idéia catastrofista de aquecimento global. E que esse argumento atual venha agora a predominar sobre as decisões da utilização de nossas terras, num movimento de aproveitamento sustentável, ao invés de simplesmente nos deixarmos levar por campanhas burocráticas ou meramente poéticas instigadas talvez por algum interesse estrangeiro sutilmente disfarçado. Que tenhamos a clareza e o determinismo de um povo esclarecido a fim de decidirmos sobre nosso próprio desenvolvimento como nação, ao invés de mantermos um comportamento de rebanho cordeiro, mero repetidor de  profecias do caos sequer confirmadas, e afinal singelamente desmentidas por seu próprio autor. Pela aprovação do código florestal! NÃO VETA DILMA!

terça-feira, 1 de maio de 2012

Enquanto fritam os bolinhos

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               Minha proximidade com Margarida tanto me encantava quanto o aborrecia. Mas eu me sentia singularmente satisfeita quando, descalça como ela, lavando pisos e paredes, eu me deleitava com as lendas de sua terra, com as incríveis proezas de seus antepassados, com a coragem desmedida de sua gente que ela sempre me relatava com um brilho de orgulho nos olhos e uma entonação de saudade em sua voz embargada. Durante nossas aborrecidas recepções, dava sempre um jeito de escapulir dos salões iluminados - onde só se falavam a respeito da expansão desenfreada das próprias fortunas ou sobre as últimas novidades de uma estúpida guerra - para sentar-me comodamente no chão do quarto daquela simples criatura e aconchegar-me no clima de felicidade irradiado pelo relato saudosista de sua infância.
               Junto de seu povo, Margarida certamente teria sido uma rainha! Sequer as imundícies da senzala, a degradação do cativeiro ou o extermínio familiar por que passou na escravatura conseguiram fazer desaparecer de seu perfil aquele quê de espírito altivo, aquele seu traço marcante de dignidade humana (que tanto me encantavam!). Seus contos fantásticos - misto de uma imaginação audaciosa com uma rica herança verbal adquirida - relatados naquele seu peculiar linguajar rústico e primitivo evidenciavam para mim o primeiro degrau do verdadeiro estado de pureza humana, absolutamente distante de qualquer intenção maligna de explorar seu semelhante. Bem ao contrário, sua figura representava - gritantemente - uma indiscutível personificação da total subserviência e máxima opressão a que se pode submeter um indivíduo. E ainda assim ela se julgava feliz!...
               Nos seus 78 anos de lealdade aos Aleixo Couto y Hernandes jamais recebeu qualquer atenção que não obedecesse a assuntos de interesse estritamente doméstico; jamais ocupou o pensamento de qualquer membro de sua família que não fosse para aceitar, aliviado, a natural dádiva de seus perfeitíssimos serviços; jamais apresentou - em sua quase centenária vida - a menor exigência de maiores direitos para si mesma ou a mais leve contestação pela discutida sorte de ter nascido unicamente para servir, com tanta docilidade, a duas gerações de uma família.
               Não chegava propriamente a ser tratada como uma desvalorizada peça de museu; mas - considerada que era como mais um dos variados elementos dessa casa que foram sendo naturalmente adquiridos por herança - aceitavam-se suas demonstrações de carinho com a mesma falta de estranheza com que se recebiam - um do outro - os cobiçados imóveis, as pretensiosas insígnias ou as disputadíssimas obras de valor.
               Nossa amizade não tardou a ser percebida por todos, tal fato passando a ocupar papel de destaque nas rotineiras discussões familiares, inicialmente como um constrangedor desconforto para, logo em seguida, ser colocado à margem das atenções, em função de minha já conhecida ¨excentricidade¨ responsável por ¨um comportamento atípico, doentio, de mostrar-me solta, alegre e prolixa, apenas, com um louco, uma criada e uma criança¨.
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Trecho do romance  Enquanto fritam os bolinhos - Gitahy Medeiros - 1989 

NÃO VETA DILMA!!!!!!!!

Pelo reflorestamento inteligente de nossas terras, pelo desenvolvimento sustentável de nossa agricultura, pela manutenção de nossas divisas através do agronegócio, pela política de manutenção do homem no campo, contra a evasão rural responsável pelo inchaço das favelas nas grandes cidades, pela soberania das terras do país. Por tudo isso, NÃO VETA DILMA!